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Audiência pública proposta por Bruno Cunha debate desafios e soluções para a causa animal em Blumenau


Nesta quinta-feira, 26, a Câmara de Vereadores de Blumenau sediou uma audiência pública proposta pelo vereador Bruno Cunha para discutir políticas públicas voltadas à causa animal. O evento reuniu representantes do poder público, ONGs, protetores independentes, profissionais da área veterinária e a sociedade civil.


A principal preocupação abordada durante o encontro foi a paralisação dos mutirões de castração no município e a necessidade de se estabelecer um modelo contínuo, eficaz e responsável de controle populacional de cães e gatos. Foram levantados dados e exemplos de outros municípios em que estas políticas vêm funcionando continuamente.


“O objetivo dessa audiência é reunir vozes, ideias e propostas concretas para que Blumenau avance de forma séria e comprometida com a causa animal. Não dá mais para tratar esse tema com improvisos ou disputas políticas. Precisamos garantir dignidade aos animais e respostas à sociedade”, destacou o vereador Bruno Cunha.

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O diretor do Centro de Prevenção e Recuperação de Animais Domésticos (Cepread), Carlos Sansão, defendeu um modelo técnico e responsável, criticando a ideia de que mutirões isolados resolvam o problema. Ele também anunciou melhorias na estrutura do Cepread, como a reforma de baias e o novo endereço da unidade, além de destacar a importância de compreender a situação dos cães comunitários e da criação de um banco de rações e utensílios.


Já o diretor do Hospital Veterinário da FURB, Thiago Neves, ressaltou os avanços da universidade em capacitação e estrutura, mencionando a implantação de um programa de residência veterinária e a realização de mais de 750 atendimentos. Ele reforçou a necessidade de uma parceria técnico-científica com o poder público para ampliar o atendimento à população.


Representando a Comissão de Direito dos Animais da OAB-SC Subseção de Blumenau, a advogada Laís destacou que a situação dos animais de rua é uma questão de saúde pública e cobrou informações mais claras por parte da prefeitura, como o número de animais nas ruas e os locais atendidos pelas ações de castração.


O ativista Diogo Orsi, da ONG Guerreiro Caramelo, reforçou a importância de se trabalhar a conscientização nas escolas e da transparência nas ações do poder público. Ele relatou os esforços da ONG em realizar mutirões por meio de eventos voluntários.


Cristiane Rose, do projeto Agarra Patas e do Conselho de Bem-Estar Animal, criticou a interrupção de atendimentos, a ausência de vacinas para protetores, dificuldades da fiscalização e a falta de prestação de contas sobre os recursos investidos na causa. Ela também cobrou a reativação do centro cirúrgico do Cepread, que estaria equipado e parado, e defendeu a transformação do Conselho em um órgão deliberativo.


A protetora Danúbia de Souza reforçou os inúmeros pedidos que recebe diariamente, como atropelamentos e denúncias de maus-tratos, e criticou a falta de empatia de parte da população: “Ainda tem gente que pergunta por que não se discute a causa humana. Mas não se trata de escolher um lado. Nenhum ser vivo deveria passar frio ou fome”, afirmou.


A audiência contou também com a presença dos vereadores Cristiane Loureiro, Jean Volpato, Egídio Beckhauser, Flávio Linhares, Gilson de Souza e Adriano Pereira, que acompanharam as discussões e demonstraram interesse na construção de soluções para a causa.


O encontro foi um passo importante para cobrar respostas, reunir propostas e dar visibilidade às necessidades urgentes da causa animal em Blumenau. A expectativa agora é que as demandas apresentadas se transformem em ações concretas, e inclusive será realizado um documento baseado nesta discussão para ser apresentado na Câmara de Vereadores.

 
 
 

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